quinta-feira, 19 de abril de 2012





[...] Ver que eu não preciso me misturar para me envolver. Que eu não preciso me perder para encontrar. Que eu não preciso me defender para me oferecer proteção. Que eu posso, sim, ir ao encontro dos outros e da vida, com a paz de quem está aprendendo a se respeitar, sem deixar de levar no coração e no rosto o meu buquê de sorrisos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Afinal, o que é o amor?





         O amor é um sentimento multifocal. É, segundo a psicologia, uma confluência de paixão, intimidade e união. Está ligado a numerosas emoções e influencia os comportamentos. O amor, ele próprio, combina-se com sentimentos de fundo como a excitação, o bem-estar, o entusiasmo e a harmonia. O amor influencia também o estado do nosso Eu (nas suas dimensões espiritual, psíquica e física) e pode contribuir para o enriquecimento da auto-estima. O que quer dizer que, na ausência do sentimento do amor, ou na sua falta de correspondência, o nosso psiquismo pode falhar, sofrer rupturas e provocar sentimentos de frustação, desânimo, tristeza e depressão.
         O ser humano está predisposto geneticamente para amar e ser amado porque é um animal profundamente social, envolvido em múltiplas redes de relações (familiares, comunitárias, laborais, etc.). Os sentimentos têm servido ao Homem para o influenciar na sua percepção de si e do mundo e levá-lo a agir no e sobre o mundo. O amor, em particular, é um estimulante poderoso (motivador) da acção. Já a falta de amor conduz à inacção.
         O desenvolvimento da capacidade de amar depende de factores históricos, culturais e familiares. O amor, hoje, é diferente de épocas passadas. Por exemplo, no período do Romantismo (final do século XVIII e grande parte do século XIX) o amor estava associado à paixão - um sentimento intenso, contemplativo e subversivo. Ele era sentido como emancipador mesmo que trágico como na história de Romeu e Julieta.
        Atualmente, o amor é mais dominado pela racionalidade. O amor já não provoca escravidão como antes da época do Romantismo. O sofrimento é mais limitado nas suas consequências e não amar para toda a vida já não constitui um drama para a maioria das pessoas. O amor romântico, por exemplo, ainda que procurado por muitas pessoas, não passa actualmente de um mito. "A paixão de hoje é mercadoria de consumo. Não mais a ver com o destino, com os riscos, com o enfrentamento" - escreveu Renato Ribeiro, professor titular de Ética e Filosofia Política.
       As transformações sociais modificaram um pouco a forma como o amor é percebido, sentido e gerido. O modo de amar depende muito das aprendizagens sociais nos primeiros anos de vida. Num mundo em que aumentam os divórcios entre casais os filhos ficam menos preparados para relacionamentos amorosos duradouros.
        Por outro lado, actualmente, ensina-se mais sobre as relações sexuais do que sobre as relações amorosas. Os jovens sabem mais sobre sexo do que sobre amor. E isto influencia o seu comportamento no mundo. É de prever que no futuro os divórcios tendam a aumentar e a própria instituição do casamento, tal como a conhecemos hoje, desapareça.


   Que faça feliz, que seja eterno e duradouro este tão lindo sentimento, chamado AMOR...

sexta-feira, 30 de março de 2012






“Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro que age por conta própria, sem dar satisfação. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto (…)”

Uma lição de amor...



" Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam, franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então, a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria. A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão: Que não poderia expulsar o menino, e que conversaria com ele. Ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás. O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela cicatriz. A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala, dirigiu-se a frente, e começou a relatar: Sabe turma, eu entendo vocês, na realidade, esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri: Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa, ela passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade... A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou: Além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente... Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois ela foi pegar a minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa, as pessoas que estavam ali, não a deixaram entrar, eu via minha mãe gritar: "Minha filhinha está lá dentro!" Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha... Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto... A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada então o menino continuou: Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha, me beija porque sabe que é uma marca de amor. Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se."